sábado, 23 de abril de 2011

EXCERTOS DA 7ª ARTE (PARTE XII)



O grande mestre peruano Mario Vargas Llosa, diz que: “O escritor não escolhe os temas literários, são eles que misteriosamente o elegem.” Sempre acreditei nessa frase e hoje pude sentir novamente seu imenso poder exercendo sua influência sobre mim...

Fiquei imensamente chateado com presidente da França no dia de hoje, quando tomei conhecimento da lei que ele promulgou proibindo os muçulmanos de rezarem na rua e suas mulheres também estão proibidas de usarem burca, niqab ou qualquer véu que cubra o rosto inteiro.

Dentre as inúmeras opções de filmes que tinha para ver, que estão em meu follow-up, revirando eles, me deparei com o documentário do: SENNA – O BRASILEIRO, O HERÓI, O CAMPEÃO. Não tive hesitação na escolha dessa película, pois, pelo que acompanhei quando ele foi lançado nos cinemas, ele retratava inclusive as brigas que teve com o Alan Proust, que por coincidência minha mãe o odiava, e por ironia do destino ou não, esse piloto é francês.

O documentário abrange a lenda da F1 (Ayrton Senna) dentro e fora das pistas, desde 1984 até sua morte em 01/05/1994. Em dezembro de 2009, ele foi eleito por seus pares – 217 pilotos como o melhor piloto da F1 de todos os tempos.

O documentário é de uma beleza rara. Poético e profundo ao mesmo tempo. Sempre me lembro que em casa, quando o Senna corria, minha mãe e meu pai, acordavam fosse o horário que fosse para o ver pilotar. Ele era e é na memória de muitos brasileiros – nossa alegria nacional. Cresci em casa vendo ele, mas pouco entendia, pois quando estava no seu auge, tinha apenas 9 anos, e quando morreu 12 anos. Minha mãe o adorava e na outra ponta – satanizava o Alan Proust.

No filme, nos deparamos com várias falas do Senna e sua história de vida – que no meu caso, agora após 17 anos (guardem esse último número – pois voltarei a tocar nele) após sua morte, consegui entender toda a magia que envolvia as madrugadas, manhãs e tardes de domingo em meu lar, no qual meus pais e eu ficávamos vidrados no televisor, para vê-lo pilotar. Eis uma pérola do Senna, que aparece no filme para que vocês tenham uma breve idéia e fiquem aguçados para ver o mesmo, pois esse é o intuito, quando faço a crítica de algum filme aqui no blog:

“Há um grande desejo em mim de sempre melhorar. MELHORAR é o que me faz feliz. E sempre que sinto que estou aprendendo menos, que a curva de aprendizado está nivelando, ou seja, o que for, então não fico muito contente. E isso se aplica não só profissionalmente, como piloto, mas como pessoa.”

Tocante é também a parte no filme, em que ele se refere a Deus e sua própria relação com o divino. Sua irmã relata que no dia em que faleceu, ele leu um versículo na Palavra, que lhe tocou profundamente o coração. Aliás, em sua lápide, consta assim:

“Ayrton Senna da Silva” 21/03/1960 + 01/05/1994.
“Nada pode me separar do amor de Deus”.

Possivelmente ele leu (Romanos 8:39). E curiosamente sua última corrida, foi na Itália, e ele leu quem sabe (pois não fica claro no filme, essa passagem quando sua irmã se refere a ela) a carta que o apóstolo dos gentios, escreveu aos Romanos, portanto: italianos. Coincidência? Duvido muito. Mais vamos em frente.

No filme, temos um erro, o narrador diz que Senna quando fez a 6º volta, bateu no fatídico muro de Ímola. Na realidade, ele estava na 7º volta, dá para vermos isso no próprio filme quando ele concluiu a 6º volta e entra na 7º; ou basta fazermos uma pesquisa no Google (caso duvide) acerca disso e veremos que foi na 7º volta. Por que repito isso? Uma pela frase supra citada de alerta que disse para você leitor; cuja conclusão (que para os que não são insipientes em teologia já devem ter percebido isso que vou dizer) pois sabem o que representa o número 7 simbolicamente na Palavra, ou seja, esse número significa: PERFEIÇÃO. E o Senna na corrida não era isso?

Outrossim, morreu com 34 anos, se somarmos 3 + 4 = 7. Agora em 01.05.2011, completam exatos 17 anos de sua morte. Notem o número exercendo sua força; pois ele tinha uma forte relação com Deus. E isso é tão nítido que até seu adversário Alan Proust, cita isso numa entrevista. Bom, cada um que fique com sua conjectura. Respeitos todas, respeitem as minhas...

Por fim, o filme acaba com uma música do Francisco de Assis França (1966-1997), mais conhecido como Chico Science, cantor e compositor olindense, um dos principais colaboradores do movimento maguebeat em meados da década de 1990. Era o líder da banda Nação Zumbi, e teve sua carreira precocemente encerrada também (coincidência?) por um acidente automobilístico – notem o ano da morte dele, é coincidência também? A música do filme tocada é: “Maracatu Atômico” (coincidência?) eis o trecho inicial:

“O bico do beija-flor, beija-flor,
beija-flor
E toda fauna flora grita de amor
Quem segura o porta-estandarte
tem a arte
E aqui passa com raça
eletrônico o maracatu
atômico”.


Hoje, logo de manhã quando acordei, após, minha corrida matinal, observei com grande apreço o pôr do Sol, da minha "green house". E vi um beija-flor, ir e voltar constantemente cruzando os céus, em velocidade descomunal, bem na frente dos meus olhos, como quem queria me dizer algo ou simplesmente, demostrar sua presença para mim. Depois aparecem mais dois, que se juntou a este; e bailavam alados pelo ar, como o Pegasus da mitologia grega. Outra coincidência, o tênis da Nike que corro se chama adivinhem? Pegasus!

Pois bem, os beija-flores, também conhecidos como colibris, são aves da família dos Trochilidae, que só existem nas Américas. Estão distribuídos por 330 espécies, das quais cerca de 80 vivem espalhadas por todo o Brasil. Têm como característica mais marcante a capacidade de não só parar no ar, como voar para trás. Além disso, são as aves que têm o mais alto ritmo cardíaco: mil batimentos por minuto.

O da avestruz, a maior ave existente, por exemplo, bate em torno de 180 vezes por minuto, mesmo em grande atividade. Isso faz com que o coração do beija-flor seja comparativamente maior do que o de qualquer outro pássaro.
Por ter essa capacidade única de vôo, todo o metabolismo do beija-flor é muitas vezes mais veloz. Como ele perde muita energia, precisa repô-la com mais freqüência que os outros animais. Sua digestão, por isso, é mais acelerada, assim como sua respiração e a circulação do sangue por seu corpo pequenino. Toda essa agitação, no entanto, cessa à noite, quando ele praticamente hiberna. Seu metabolismo se reduz quase a zero, para que ele possa sobreviver com as reservas de energia do alimento ingerido durante o dia.

O Senna foi um divino beija-flor do Brasil, pois, fez coisas impossíveis no automobilismo, basta ver o filme, e constatarão isso. O mais veloz de todos, sem sombra de variação. Sua garra, gana de vencer e seu espírito de lutador, são como os beija-flores, que voam distancias enormes em alta velocidade para sobreviverem aqui em São Paulo; em meio ao cinza e concreto que grassam por todos os lados. Mas, a cada dia (os beija-flores) nos ensinam essa lição: lutar sempre, desistir jamais...

Voltando a França, achei muito estranho, o Ronaldo (fenômeno) quando questionado, sobre qual foi o maior jogador na opinião dele (tirando obviamente: Pelé, Garrincha e Maradona) ele dizer que foi o Zinedine Zidane, vulgo Zizu – francês e carrasco nosso na final da Copa do Mundo de 1998. Obviamente, que isso é natural, pois o que se pode esperar de um sujeito “CUrintiano” e dito como um fenômeno - é isso mesmo, pois, nunca alcançará a divindade, assim, como alcançou o meu ídolo: Ademir da Guia “O Divino” – obviamente, foi jogador do Palestra Itália – Palmeiras.

Não tem jeito: quem nasceu para ser fenômeno – morrerá fenômeno. Já quem nasceu para ser “O Divino” será sempre eternizado e imortal. Assim como o Ademir da Guia e o Senna.

***
PS. Amanhã começo a fazer minhas aulas, agora que comprei um carro, tudo fica mais fácil, ainda mais depois desse filme, tenho inspiração em dobro para aprender a dirigir...

Por fim, meu nome: Marcelo, tem 7 letras, e eu nasci no dia 27, e quando jogava futebol, seja de campo ou futsal, antes de romper o tendão de Aquiles; sempre usei a camisa 7.
Minha mãe faleceu no dia 20/07/09, percebem o mês? E se somarmos, 20+7=27...

Coincidência?

Bom, cada um que julgue conforme melhor lhe aprouver.

C'est la vie...

1 comentários:

  1. Adorei seu post, claramente vem de uma pessoa com grande sensibilidade, felicidades

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