segunda-feira, 30 de maio de 2011
O IMORTAL & EU
Carlos Heitor Cony é um dos meus escritores favoritos (dos que ainda estão vivos). É jornalista, e assina diariamente na página A2 do jornal Folha de São Paulo, suas crônicas, que junto com o Luis Fernando Verissimo, João Ubaldo Ribeiro e Danuza Leão, na minha modesta opinião, formam o melhor time de cronistas do nosso país.
Como escritor foi agraciado com a honraria de se tornar um membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), portanto, se tornou imortal. Não no sentido da vida, mas no sentido das letras. E a ABL teve como um dos seus fundadores e idealizadores, nada menos, que nosso maior escritor: “O bruxo do Cosme Velho” – a saber: – Machado de Assis.
Cony é ainda comentarista da rádio CBN e da Band News. Autor de dezessete romances, diversos livros de crônicas e adaptações de clássicos da Literatura Universal. Como romancista conquistou vários prêmios, entre os quais, quatro Jabutis, dois livros do Ano, Prêmio Machado de Assis, Prêmio Nacional Nestlé e duas vezes o Prêmio Manuel Antônio de Almeida.
Tive a honra de vê-lo pessoalmente em abril desse ano no “Sempre um Papo” que é um evento produzido pelo SESC Vila Mariana aqui em São Paulo, e foi simplesmente sensacional poder ouvir ele discorrer sobre sua obra, jornalismo, sua postura na vida, seu projeto de construção literária, seus autores prediletos e sua estimada cachorrinha Mila, que levou muitos às lágrimas (inclusive esse que vos escreve) quando desnudou e revelou a história dela.
Mila faz parte de um seleto rol de crônicas, e só para vocês terem idéia, ela consta no livro: “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras”, ed. Objetiva. Organização: Joaquim Ferreira dos Santos, ao lado de escritores do quilate de: Machado de Assis, José de Alencar, Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Lima Barreto, Fernando Sabino, Rachel de Queiroz, Carlos Drummond de Andrade, Nelson Rodrigues...
Enquanto o mesmo autografava para mim o seu mais recente livro: “EU, AOS PEDAÇOS – Ed. Leya”. Que são uma coletânea com suas melhores crônicas lhe perguntei ao pé do ouvido:
“Sr. Cony, que conselho o senhor daria para um insipiente escritor?”
Ao que ele olhou profundamente em meus olhos, pensou por um breve instante, e disse:
“Nossa, essa camisa sua da Nike é bonita hein!”
Nunca tive melhor conselho do que esse! Por um simples motivo que já vinha cultivando faz tempo: escritor não se cria, ele já nasce - escritor!
Sabias palavras mestre querido! Bravo!
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E que seja essa mais uma motivação para seguir com seus sonhos...
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