quarta-feira, 6 de julho de 2011
LUANA CALDAS RECOMENDA - CIRCO RODA EM: DNA SOMOS TODOS MUITO IGUAIS
(= Tamo Junto!
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No começo do ano letivo a Luana Caldas (minha filha, aos menos desavisados) veio com uma questão pra mim, aliás, ela adora isso: “Pai, em minha sala tem um aluno, que possui necessidades especiais, como devo agir com ele?”. Confesso que na hora, custei a articular uma resposta que viesse a dirimir suas dúvidas em como lidar com ele. Meio capenga fomos construindo juntos algumas percepções e posturas que ela deveria adotar em sala de aula doravante com esse aluno; que, em nossa opinião seriam as melhores e mais acertadas.
Uma coisa, que fiz questão de ressaltar em vosso coração, é que em nada, ele era diferente dela. Aliás, se uma pessoa não está pronta para receber TODAS as demais pessoas, ela é que é deficiente.
Como sou fã inveterado da 7ª arte, fui à busca de algum filme significativo sobre o assunto, e cheguei ao “O Jardim Secreto” da excelente diretora e roteirista polaca Agnieszka Holland que recomendo a todos; pois, um dos personagens centrais do filmes é um menino cadeirante.
Não contente, e já conhecedor dos trabalhos teatrais dos Parlapatões e Pia Fraus, que juntos, formaram o CIRCO RODA BRASIL em 2005, não tive dúvidas, em levar a Luana para ver o espetáculo: DNA: SOMOS TODOS MUITO IGUAIS.
O Circo Roda Brasil continua a explorar novos cenários para a arte circense contemporânea em sua terceira montagem. Em “DNA: Somos Todos Muito Iguais”, há uma tentativa de fio narrativo para fazer com que os tradicionais malabarismos, saltos e vôos terminem com algum tipo de reflexão mais filosófica.
Na trama, Inadequado é um palhaço cujos desencantos ganham nova missão ao ajudar a Anja recém-caída do céu. Com suas asas quebradas, ela será conduzida em novas aventuras por uma cadeira de rodas.
Terão de enfrentar o antagonista Homem Original, um cientista meio homem, meio macaco, que é movido pela razão.
Os deficientes físicos cotidianamente vivem a auto-superação e, nesse sentido, têm muito a ver com a vida dos artistas circenses. O circense se propõe a viver o constante desafio de que o homem pode se superar, superar a natureza. Quase tudo no circo desafia a lei da gravidade, com exceção do palhaço que a ela cede, cai e tomba.
Deficientes físicos não fizeram a opção pelo desafio, mas têm de encará-lo da melhor maneira possível.
Nesse espetáculo todos saem impactados, pois, se pararmos para pensar cientificamente falando e ainda com o peso de uma carga poética: nossos DNAs, entre os animais, são pouquíssimos diferentes. Então, SOMOS TODOS MUITO IGUAIS. A premissa do darwinismo percorre todo o espetáculo que dialoga com os momentos circenses sobre a evolução da espécie.
Logo o espetáculo nos faz divertir profundamente, e com a alegria de quem tem sempre esperança, para que assim possamos refletir sobre o sentido de nossas vidas que, afinal, são muito mais iguais do que imaginamos.
A Luana está de férias da escola e do blog também e meu incumbiu de relatar o evento que fomos juntos da melhor forma possível aqui no blog, ela leu e releu essas linhas escritas, propondo alterações e sugestões, depois de muito custo, deu seu selo de aprovação e não obstante quis dar seu toque, pois, recitou esse poema em homenagem ao seu amigo da escola no dia do seu aniversário e levou até seu professor as lágrimas. Apreciem com moderação:
DEFICIÊNCIAS DE MARIO QUINTANA:
“Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.”
***
PS. Para maiores informações sobre o Circo Roda, acessem: http://www.circorodabrasil.com.br
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Teatro
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Cara Luana...
ResponderExcluirGostaria de cumprimenta-la pela sua sensibilidade!
Sempre leio as postagens de seu pai e agora vou sempre esperar e ler as suas tambem!
Sou Alexandre...aquele que seu pai emprestou um livro que fala de Paulo! Pergunte a ele quem e'!
Meus votos de considera¢ao e admira¢ao a voce e a seu pai!