Eu tenho uma conta no Twitter,
e na minha time line já há algum tempo – explode diariamente tudo que os grandes
veículos de comunicação e alguns entendidos de esquerda, direita e o tal do
centro falam sobre a Operação Lava Jato e a nossa famigerada política. Acabo
lendo ambos. Nasci plural. Aliás, minha mãe já desde criança sempre me ensinou:
“Pior que não ler jornal, é ler um só!”. Sábias palavras que perseverei em
guardar nas tábuas do meu coração.
Hoje para endossar ainda mais
meu sentimento de estarrecimento e aborrecimento, novamente fui achocalhado com
a seguinte notícia: “Moro aceita
denúncia e Lula vira réu pela quinta vez”. Sim, não é piada, pela quinta
vez um sujeito vira réu e até o presente momento não foi levado para a prisão
em Curitiba. Creio que muitos por bem menos que isso, já foram parar lá. O
próprio Eduardo Cunha é um exemplo.
Luiz Inácio Lula da Silva,
passa agora a ser réu em cinco ações penais – três no âmbito da Operação Lava
Jato, uma na Operação Zelotes e uma na Operação Janus. E nesta nova ação, Lula
responderá por crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro
relacionadas à empreiteira Odebrecht.
Eu juro que não queria mais
falar sobre isso, mas são tantas implicações, notícias e informações daqui e a
acolá, que se torna impossível para qualquer cronista sair incólume a toda essa
desgraça política que tomou conta do Brasil nos últimos anos e principalmente no
ano macabro de 2016.
Por mais que todos estejam
saturados, cansados e se perguntando: “Mas quando o Lula finalmente será preso?”
Teremos de lidar com tudo que nos é informado em abundância nos noticiários,
internet e nos jornais.
Dia desses um amigo me
perguntou, por que deveríamos empreender tal grande tarefa, que para ele
inclusive é faraônica de acompanhar tudo que está acontecendo no cenário
político brasileiro, já que no frigir dos ovos – na opinião dele nada mudaria.
Confesso que fiquei sem reação,
e refleti que igual esse meu amigo, quantos brasileiros não tem esse mesmo
sentimento? Creio que muitos.
Que vivemos em tempos sombrios
é fato líquido e certo. Que devemos fechar nossos olhos já cansados diante de
tanta roubalheira em Brasília, porque é assim desde da época da Coroa de Portugal,
quando aqui chegou, seria o ápice da apatia de nossa parte.
Existe uma grande diferença
entre o querer e o dever. Claro, eu não queria mais escrever sobre isso, mas o
dever é mais forte e enquanto houver pessoas aqui no Brasil com esse pensamento
relapso e apático como do meu amigo, teremos que falar, escrever e protestar
contra tudo isso que assola nosso País.
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