É um tema espinhoso, complexo e
com infinitas respostas. Aliás, cada um deve ter a sua própria receita para o
que é a felicidade. E não quero aqui em hipótese alguma ser à resposta final
sobre o tema. Aliás, se pararmos para pensar, quase todos os nossos desgostos
que temos hoje surgiram quando a vida nos fez uma pergunta e não soubemos dar a
resposta. Essa é a verdadeira corrida da nossa existência: saber as respostas
antes que a vida faça as perguntas. Devemos aprender enquanto há luz, para
podermos fazer nossas escolhas quando estiver escuro.
Após o café da tarde na casa da
minha irmã, começamos a refletir sobre o que era a felicidade. Citamos exemplos
de amigos em comum e de como eles encaram suas vidas e o que era a felicidade
para eles. Foi uma conversa sincera e muito reflexiva. Mas não chegamos num
consenso. Para alguns a felicidade está nos bens, no corpo, na fé, dinheiro,
sexo, poder, ostentação e a lista é interminável. Trata-se de uma questão
extremamente subjetiva e sem receitas prévias, muito embora, os livros de auto-ajuda
proclamem terem a fórmula para encontrarmos a felicidade plena e duradoura.
Eu por exemplo creio que a
felicidade está nas pequenas coisas, nos miúdos da vida, portanto, passageiras.
E elas nem sempre são valorizadas por nós, pois justamente, estamos em uma
sociedade que só foca o macro e não o micro. Aprendemos assim e o meio em que
vivemos (sociedade) exerce forte influência sobre nós, já dizia Lev Vygotsky. Já
para os gregos, por exemplo: a felicidade estava na virtude. Em ter uma vida
que tenha virtude. Já em nossa sociedade atual quem está preocupado com a virtude?
Creio que poucos, a maioria está mais preocupada consigo mesma e nada mais. E
assim vamos caminhando, tateando a procura da tal felicidade.
Arrisco a dizer ainda que a tal
felicidade seja fugaz e passageira. Impossível dizer que somos felizes 24 horas
por dia. O que podemos ter é momentos de felicidade aqui e acolá; pequenos
lampejos. Prefiro a alegria, que é uma atitude diante da vida, uma forma de
afrontá-la. E quando temos isso dentro de nós, ou seja, um espírito de alegria
o que nos acontece (seja bom ou ruim) não irá ditar a nossa agenda e o humor do
dia.
Note que você deve conhecer uma
pessoa alegre, e veja o quanto ela é diferente de uma pessoa que se diz feliz.
Creio que os alegres são perenes e não passageiros como os felizes. É uma
diferença bem sutil, mas que vale a pena cada um avaliar com calma.
Entre a felicidade e a alegria,
cada um escolha o seu próprio caminho. Eu prefiro a alegria, como também o
Guimarães Rosa:
“O
correr da vida embrulha tudo; a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser
capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, e ainda mais alegre no
meio da tristeza...”
***
A felicidade está na forma que enxergamos a maneira de viver, pois a sociedade,a mídia, vende uma felicidade irreal, para estes o modo de ser feliz é tendo um bom emprego, um belo carro, roupas luxuosas, mas a felicidade não está para isso e sim para o contentamento de acordar e ser livre, livre para fazer o que de fato trará alegrias mesmo que passageira.
ResponderExcluirOlá Claudinha, bela reflexão, e concordo com você. Obrigado pelo comentário! Abraços.
ExcluirPara mim a felicidade é fruto de duas coisas: perceber os pequenos avanços da vida e conseguir me sentir em paz.
ResponderExcluirNo fundo, vejo a felicidade como um amontoado de pequenas alegrias.
Gostei a da sua reflexão e, principalmente da sua abertura de observar diferentes pontos de vista.
Beijos,
Fê
Algumas Observações
Olá Fernanda, boa noite!
ExcluirObrigado pela visita! Volte sempre! E adorei seu comentário. Obrigado pela atenção.