sábado, 18 de abril de 2015

CRÔNICAS AVULSAS: PALESTRAS SOBRE GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ


Foto tirada na Palestra de Lençóis Paulista - São Paulo

No mês de março desse ano corrente – tive a honra de realizar três palestras sobre o Gabo, sendo a primeira delas em Socorro/SP, a segunda na Livraria Martins Fontes da Avenida Paulista e para fechar o ciclo à última foi em Lençóis Paulista/SP.

Adoro uma frase do Gabriel, do seu livro autobiográfico: “Viver para Contar” quando ele nos diz o seguinte: “A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la.” Contar sobre o Gabo é um prazer enorme, ele entrou em minha vida na adolescência, li toda sua obra com um prazer enorme. Sua arte narrativa e seu realismo mágico me prenderam – impossível sair incólume a sua leitura. E se você ainda leu nada sobre ele, sugiro que leia, pois lhe garanto que não será uma leitura em vão.

Como escritor uma das questões de aperfeiçoamento da técnica narrativa, que temos de aprender é justamente descobrir as técnicas narrativas dos autores que amamos. Com Gabo, anos após o deleite inicial de sua leitura pelo puro prazer de se deixar levar pelas suas histórias – voltei ao autor com outro olhar. Um olhar que deseja descobrir os meandros das suas construções narrativas e por que ele escreve dessa maneira. Após alguns meses de pesquisa e releitura de sua obra, decidi dividir esse conhecimento através das palestras que criamos (eu e a Alexandra Collazo) com o público. E achamos guarida para esses projetos com os parceiros supracitados.

Uma das coisas que mais me tocaram nessas palestras ao dividirmos com o público o fruto da nossa pesquisa, foi um olhar de uma adolescente em Lençóis Paulista – Cidade do Livro, enquanto discorria sobre o Gabo seu olhar brilhava e a cada sentença pronunciada minha ela ia consentindo com a cabeça. Após, minha fala veio às perguntas que já imaginava por parte dela, e notava-se claramente que ela amava o autor, tanto quanto eu. Foi uma alegria imensa isso.

Vivemos em mundo carente de boas opções culturais. O comum é grassar coisas que não nos acrescentam nada na vida – e o pior é que as pessoas vivem imersas nisso e não imaginam o quanto perdem por tornarem-se analfabetas de ousadia cultural.

Penso que quem estuda somente os homens, adquire o corpo do conhecimento sem a alma; e quem estuda somente os livros, a alma sem o corpo. Agora, quem adiciona observação àquilo que vê, e reflexão àquilo que lê, está no caminho certo do conhecimento, contanto que ao sondar os corações dos outros, não negligencie o seu próprio.

Que eu possa sondar os corações dos autores, não negligenciando o meu próprio e possa levar isso para ao conhecimento de todos, para que singrem os mares literários dos autores que serão abordados nas palestras.

Esse é o meu desejo...

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1 comentários:

  1. Parabéns meu caro....Gostei do Gabriel Garcia Marquez. Ótimo. Abraços.

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