“As pessoas morrem da maneira que viveram. A morte torna-se a
expressão de tudo o que se foi, e só podemos levar para a morte aquilo
que trouxemos para a vida.”
- Michel Roemer, em Produtor de Morte
expressão de tudo o que se foi, e só podemos levar para a morte aquilo
que trouxemos para a vida.”
- Michel Roemer, em Produtor de Morte
Um quadro pode suscitar diversas emoções em quem o aprecia. E também múltiplos olhares sobre o significado de sua mensagem. Tudo dependerá de pessoa para pessoa.
Quando aprecio essa obra de arte, vejo que ela está impregnada de duplo sentido do tempo: o que marca a passagem das horas e o meteorológico, esse mundo efêmero e flutuante em uma sucessão eterna. Em um acaso admirável. Impossível é não fazer um paralelo disso com a nossa vida, o quanto ela é breve. Assim como vemos as nuvens desse quadro se amontoando, enquanto o vento parece fazer redemoinhos; o mesmo vento que balança a sombrinha, movimenta a saia e agita o véu. Tudo fugaz. Rápido. Tempus fugit.
Os muçulmanos tem um costume funerário atípico. Quando o corpo está exposto, os amigos íntimos e a família rodeiam o esquife e ali, todos em pé, olham silenciosamente para o morto. Não há lágrimas, nem flores, nem canto. As mulheres muçulmanas então passam pequenas bandejas das quais todos tiram uma pastilha de hortelã. A um dado sinal, colocam-nas na boca. Vagarosamente as pastilhas se derretem, e, ao sentirem seu sabor açucarado, meditam na doçura e brevidade da vida que eles estão comemorando. Quando a pastilha se acaba, isso também tem um significado. Simboliza o fim da vida. Ela simplesmente dissolve-se, não existe mais.
Creio que uma sensível perca na minha vida, tenha me remetido a pensar mais sobre esse tema. E ainda que todos o evitem, mais cedo ou mais tarde, teremos de lidar com percas. A grande questão que surgirá é como nos portaremos depois que nossos entes se forem...
Confesso que ainda tenho dificuldades em lidar com isso, talvez por ser um fato ainda recente e latente.
Mas procuro seguir em frente, enfrentando os desafios da vida, onde somos autores de boa parte de nossas escolhas e omissões, audácia ou acomodação e esperança ou desesperança...
Sobretudo, devemos resolver como empregamos e saboreamos nosso tempo e vida, que passam como uma lufada de vento, para não nos arrependermos mais tarde...
***Quando aprecio essa obra de arte, vejo que ela está impregnada de duplo sentido do tempo: o que marca a passagem das horas e o meteorológico, esse mundo efêmero e flutuante em uma sucessão eterna. Em um acaso admirável. Impossível é não fazer um paralelo disso com a nossa vida, o quanto ela é breve. Assim como vemos as nuvens desse quadro se amontoando, enquanto o vento parece fazer redemoinhos; o mesmo vento que balança a sombrinha, movimenta a saia e agita o véu. Tudo fugaz. Rápido. Tempus fugit.
Os muçulmanos tem um costume funerário atípico. Quando o corpo está exposto, os amigos íntimos e a família rodeiam o esquife e ali, todos em pé, olham silenciosamente para o morto. Não há lágrimas, nem flores, nem canto. As mulheres muçulmanas então passam pequenas bandejas das quais todos tiram uma pastilha de hortelã. A um dado sinal, colocam-nas na boca. Vagarosamente as pastilhas se derretem, e, ao sentirem seu sabor açucarado, meditam na doçura e brevidade da vida que eles estão comemorando. Quando a pastilha se acaba, isso também tem um significado. Simboliza o fim da vida. Ela simplesmente dissolve-se, não existe mais.
Creio que uma sensível perca na minha vida, tenha me remetido a pensar mais sobre esse tema. E ainda que todos o evitem, mais cedo ou mais tarde, teremos de lidar com percas. A grande questão que surgirá é como nos portaremos depois que nossos entes se forem...
Confesso que ainda tenho dificuldades em lidar com isso, talvez por ser um fato ainda recente e latente.
Mas procuro seguir em frente, enfrentando os desafios da vida, onde somos autores de boa parte de nossas escolhas e omissões, audácia ou acomodação e esperança ou desesperança...
Sobretudo, devemos resolver como empregamos e saboreamos nosso tempo e vida, que passam como uma lufada de vento, para não nos arrependermos mais tarde...