quinta-feira, 29 de julho de 2010

MAIS OFICINAS: EDGAR MORIN



“Moça com livro” sem data, de José Ferraz de Almeida Júnior

Segue mais um resumo de uma das oficinas de reflexões pedagógicas, que serão apresentadas no Centro Universitário UniÍtalo, nos dias: 06 e 20/11/2010.


EDGAR MORIN: EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI; SABERES NECESSÁRIOS AOS DOCENTES


“Por força de suportar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” (Hadj Garum O’rin.)


Filósofo, educador, sociólogo, antropólogo e historiador francês. Nascido em Paris, onde cresceu e estudou e construiu uma rica carreira acadêmica, tornando-se um dos mais importantes e polêmicos intelectuais europeus da atualidade, seu nome é: Edgar Morin. Em sua obra, que já ultrapassa meia centena de livros, Morin insiste que a reforma do pensamento é uma necessidade chave da sociedade. É a reforma do pensamento que permitiria o pleno emprego da inteligência, de forma que os cidadãos possam realmente entender e enfrentar os problemas contemporâneos. É a idéia de um pensamento não fragmentado. As idéias de que o homem, ao analisar a vida e o mundo, perceba tudo o que está a sua volta e assim construa um entendimento melhor e mais abrangente a respeito dos problemas da humanidade.

O homem (Edgar Morin), no entanto, não está nos textos. Afinal, a escrita condensa e estiola. Só o pensamento vivo lhe dá vida. E nisso Morin é mestre: não ensina coisas, nem pensamentos, ensina a pensar. Sua palavra é medida e calculada, sílaba por sílaba, que arrebata a mente e devaneia o coração. Talvez daí derive o encanto reconhecido de suas aulas, aquela sensação envolvente de um espetáculo sem falhas, onde tudo se fecha e se completa, e que arrebata os alunos que o ouvem, inspirando certeza, segurança e paz.

É um humanista, homem que sabe como preservar, admirar e cuidar das coisas do mundo, sem a elas se escravizar. Aí o sentido de sua independência, como princípio e não mera qualidade empírica.

Trata-se, para ele, de uma capacidade de se elevar em liberdade acima das especialidades que aprendemos e exercemos. Daí o sentido maior de sua obra política, em que o Estado não é a ordem avassaladora.

Os Sete Saberes indispensáveis enunciados por Edgar Morin, em seu livro (que serão o fio condutor dessa oficina de reflexão pedagógica) são: 1) As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; 2) Os princípios do conhecimento pertinente; 3) Ensinar a condição humana; 4) Ensinar a identidade terrena; 5) Enfrentar as incertezas; 6) Ensinar a compreensão e por último 7) A ética do gênero humano – juntos e entrelaçados intrinsecamente abrem os horizontes a todos que pensam e fazem educação, e que acima de tudo não se acomodam ao stutos quo vigente e nem se dobram ao dito: “fatalismo” em voga e que solapa milhares de pessoas, com suas falácias.

O pensamento de Edgar Morin então aparece como uma das questões urgentes do momento atual da nossa sociedade e principalmente da nossa educação brasileira, que passa por mudanças tecnológicas dos parâmetros de fruição e apreciação, repercutindo nas esferas de formação, civilização e atualização de repertório de várias gerações. É preciso ser educador cidadão. Aquele que em sua arte da docência não revoluciona o mundo, pois não tem esse ufanismo entranhado, mas que também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades. Antes, porém, revolucionam a si mesmos. Educadores a serviço das comunidades, do país, e que armados da verdade, por si só, exercitam a (r)evolução.

Edgar Morin, é justamente essa estrada, pelo qual devemos passar para atingirmos esse fim e seu livro (Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro) o carro seguro que irá nos guiar...


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