segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

LUANA CALDAS RECOMENDA – AS AVENTURAS DE PEPINO



Nesse final de semana (14/01/2012) estivemos no Sesc Vila Mariana, para conferir a peça teatral: “As Aventuras de Pepino” da Cia Rodamoinho; que já tem mais de oito anos de carreira. Os atores Fabiano Assis e Renata Flaiban dão um verdadeiro show de interpretação e encantam todos: crianças e adultos.

A peça conta a história do jovem Pepino, menino puro e bem atrapalhado, que procura seguir a risca tudo o que sua mãe lhe diz. Contudo, em sua maioria esmagadora das tarefas em que ele se lança, obtém pouco êxito. Parte bem cômica e um traço familiar, é que eles (mãe e filho) toda noite tocam sanfona e bandolim napolitano para espantar os bichos e dormirem; e isso é uma tradição familiar milenar.

O que falta a Pepino de competência nas tarefas, lhe sobra em coragem, pois ele sai de casa e sozinho enfrenta os mistérios da floresta, vive desafios quixotescos, luta, apanha... E aos trancos e barrancos, encontram seu rumo na vida.

A percussão é marcante nessa peça, que é de excelente musicalidade (além disso, conta com um bandolim napolitano de cerca de 100 anos e uma sanfona Scandalli de 32 baixos) bonecos permeiam e entrelaçam as histórias, dando um tom enriquecedor ao enredo. E por fim, a comédia é sua expressão maior e transpira por toda peça, arrancando gargalhadas das crianças e adultos.

“A Cia Rodamoinho teve como base contos tradicionais de heróis tolos, desenvolvidos a partir de dois contos: o de Orham, da cultura tradicional italiana, e o de João Preguiça, um conto britânico” conta Renata Flaiban.

Algo que nos chamou muito atenção foi que a peça consegue transpor a barreira do dito: “infantil” e consegue atingir o público adulto também; pois todos nós (adultos) ficamos ávidos com as peripécias de Pepino e cativados com sua história.

Num mundo com tantas falências, permeado por imbecilidades que brotam a granel nos canais de televisão, internet, redes sociais e twitter – que não agregam nada a vida de ninguém. Poder contar com a resiliência indômita do Teatro é um bálsamo para almas que almejam algo mais, e que não ficam presos à manada pusilânime que os rodeia; aliás, que mal sabem para onde caminhar...

Evoé para os grandes mestres teatrais gregos e para o monumental Shakespeare, que nos legaram essa emancipação – através do Teatro.

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