sexta-feira, 21 de março de 2014

CRÔNICAS AVULSAS: FOI ASSIM QUE TUDO ACONTECEU

 
APRESENTAÇÃO DE FANTOCHES, PARIS, FRANÇA (1963) DE ALFRED EISENSTAEDT
 
Não sei bem ao certo quando fui despertado pelo gosto das fotografias. Já apreciava filmes de longa data (livros então, desde antes de nascer – acredite, minha mãe lia para mim enquanto ainda estava em seu ventre, e não foi à toa que quando pisei meus pés na escola pela primeira vez, já sabia ler e escrever) e nas películas de alguns diretores, que são experts em fotografias – Terrence Malick é um deles, fui apreciando cada vez mais essa arte. Araquém de Alcântara, foi um achado. Sua sensibilidade com as pessoas, animais, fauna e flora me deixaram extasiados e em estado de graça. Depois topei com o Sebastião Salgado, que dispensa comentários em suas fotos – sempre em preto e branco, verdadeira poesia das lentes aos nossos olhos. E em breve terei contato com Jacques Henri Lartigue, em exposição no Instituto Moreira Sales em São Paulo, até o dia 25.05.2014.
Li alguns livros/ensaios para complementar os estudos desse insipiente aluno: “Sobre Fotografia” de Susan Sontag, “A câmera clara” de Roland Barthes e “Mente do Fotógrafo” de Michael Freeman. O próximo da fila é “Da minha Terra À Terra” do grande: Sebastião Salgado. Participei de um curso com Claudio Feijó no Itaú Cultural, que fortaleceu ainda mais minha paixão.  No SENAC, fui agraciado com uma bolsa de estudos sobre fotografia (100% integral) e conto os dias para a minha primeira aula, que será no dia 29.04.2014. Aos poucos vou desvendando esse mundo da fotografia, que como no mundo do vinho – só se aprende ele com “litragem”, no mundo das fotos, só se aprende conhecendo os fotógrafos clássicos, os recursos que a máquina pode oferecer e principalmente: fotografando.
Henri Cartier-Bresson, Robert Doisneau, Willy Ronis, Alfred Eisenstaedt e Elliott Erwitt, presentes no primeiro volume da Coleção Folha Grandes Fotógrafos – Metrópoles, me deixaram ainda mais encantado, espero com o tempo, ler os demais com vagareza, como quem aprecia um bom vinho de pinot noir.
Escolhi a foto acima, clicada no Jardim Tulherias/Paris – por Eisenstaedt de um grupo de crianças que assistem a uma apresentação da história de São Jorge e o Dragão. A imagem revela um extraordinário emaranhado de emoções e expressões, do susto à euforia.
Foi assim que a fotografia entrou em minha vida e tudo aconteceu... Fui fisgado como essas crianças e meus olhos vivem – doravante em estado permanente de graça, devido as fotografias. Como dizia Machado de Assis:
 
“O olho do homem serve de fotografia ao invisível,

como o ouvido serve de eco ao silêncio."
 
 Viva ao invisível: ontem, hoje e sempre...
***

4 comentários:

  1. Camila Tamachiro

    Fantástico!!

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  2. Elaine Cristina

    Lindo lindo, este é só o começo. Tenho mais material. Quero ver as fotos na prática. Obs. Ontem reiniciei as edições, me aguarde.

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  3. Ricardo Biserra

    Ótimo texto!!

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  4. Isso é uma crônica sobre fotografia! Linda!

    A fotografia encanta a alma, alimenta a imaginação. A fotografia é uma poesia silenciosa e impressa!

    Parabéns!

    Alexandra Collazo.

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