Se for verdade que os opostos
se atraem, então os dispostos se eternizam! Lembro que o nosso primeiro beijo
foi na Cinemateca de São Paulo. Isso por si só já era um prenúncio sobre a
importância que o cinema teria em nossa relação e em nossas vidas. Eu realmente
acredito que o que da liga para um casal, são mais as coisas em comum do que as
díspares. E nesse sentido, ambos temos um amor declarado pelo cinema.
A Alexandra ainda não conhecia
o Woody Allen, e a primeira vez em que eu o apresentei para ela – foi com o
filme: “Meia Noite Em Paris”. Foi amor
imediato. Ela inclusive (já até perdi as contas) já reviu esse filme várias
vezes – e eu também. Com o Woody Allen não temos o meio termo. Ou você o ama ou
odeia – simples assim. Ela optou por amá-lo – sábia decisão.
As palavras são do Gilberto
Gil, quando ele completou 70 anos: “Me
dou cada vez menos importância!”. E isso se aplica precisamente na obra do
Woody Allen, pois acredito que ele não tenha um ego nas alturas (muito embora
já tenha ganhado inúmeros prêmios e sua obra e genialidade sejam reconhecidos
mundialmente). Ou seja, ele pouco se importa com os clichês estabelecidos pelo
cinema. Sua obra vai na contramão de tudo. E por isso mesmo o torna genial,
único e autêntico. Uma das múltiplas leituras que ele nos proporciona para
entendermos a nós mesmos é que toda vez que nos acreditamos “especiais” demais –
nos tornamos na verdade é patéticos.
Quando assistimos aos seus
filmes, vemos sua transparência e inspiração. Trata-se de um cineasta que
passou anos tentando entender e diagnosticar as neuroses humanas – as suas,
inclusive. Quando um cineasta consegue alterar entre o humor e a melancolia –
ele alcança o sucesso, mas quando as mesmas coisas são alegres e melancólicas
em simultâneo, é simplesmente sublime. Woody Allen é sublime nesse aspecto.
Em casa temos um verdadeiro
arsenal sobre o Woody Allen. DVDs, livros de críticos comentando sua obra e
claro: biografias! O Netflix também potencializa ainda mais nosso conhecimento
sobre ele, contudo, quem mais o vê é a Alexandra, eu acabei ficando para trás
nessa maratona.
Enquanto deitava essas palavras
nessa crônica, me veio à mente uma frase do Alec Baldwin no filme: “Para Roma com Amor”. Ele em dado
momento ele diz: “Maturidade talvez não
seja sinônimo de sabedoria e sim de exaustão. Quanto mais o tempo passa, mais
se torna necessário simplificar a vida”. Por filmar em diferentes cidades
do planeta (enchendo nossos olhos com suas belezas ímpares: Londres, Barcelona,
Nova Iorque, Roma, Paris...) extraindo delas o que há de melhor, mas sem nunca
deixar de unificar as fraquezas e grandezas humanas, que são iguais em qualquer
lugar e por nos ajudar a simplificar nossa vida – meu sincero: muito obrigado!
***
Linda homenagem ao meu queridinho Woody Allen, amor! Um dos melhores livros que li na vida foi sua biografia. Me identifiquei muito com ele, com sua personalidade, com o seu jeito de ser, de agir e de ver a vida. A história da sua vida é muito inspiradora e claro, guardada as devidas proporções, sua personalidade solitária na infância se parece muito com a minha. Seus filmes são inteligentes, engraçados, intelectuais muitas vezes. Eu simplesmente AMO💜! Beijo! 😘😘😘😘😘
ResponderExcluirOi Alexandra, boa noite!
ResponderExcluirPerfeito sua interação. Obrigado pela visita...
Bjs,
Estou lendo um livro sobre criatividade em que o autor conta um pouco do processo criativo do Allen. SENSACIONAL! Eu fiquei com vontade de testar a forma de trabalho dele, para ver se funciona para mim.
ResponderExcluirQuando li o seu texto, não pude deixar de me lembrar. :)
Beijos,
Fê
Algumas Observações
Oi Fê, que bom! Fico feliz!!! Depois me passa o nome desse livro. Abraços...
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