segunda-feira, 19 de maio de 2014

CRÔNICAS AVULSAS: CONSOLAÇÕES DA ALMA

 
“Nos muitos cuidados que dentro de mim se multiplicam,
as tuas consolações me alegram a alma.”
Salmo 94:19.
Acordo cedo, bem cedo por sinal. Exatamente às 4h da manhã, de segunda a sexta-feira, e como me sobra um tempo antes de sair de casa para o trabalho, mergulho na Palavra de Deus, e como não tenho o costume de ler versículos a esmo, sempre acabo lendo um livro por inteiro. Dessa vez, estou lendo o livro de Salmos. Hoje passei por esse acima e confesso que o reli umas dez vezes ele, tamanha a surpresa e conforto que me causou. Foi impossível conter as lágrimas. Embora tivesse sublinhado ele em minha bíblia, não me lembrava mais dele. Deve ser a idade...
C.S. Lewis foi sem dúvida um dos maiores (senão o maior) escritor cristão que conheço, disse: “Nos Salmos Deus é o objeto que a tudo satisfaz.” Reler o livro de Salmos capítulo por capítulo, tem justamente transformado todos meus pensamentos para essa conclusão de Lewis – pois tenho experimentado isso a cada leitura.
Creio que em nossa vida todos passamos por momentos ruins. Talvez uns mais outros menos, mas o fato é que o “dia mau” algum dia vai bater em nossa porta; e ele pode ser das mais diversas formas. Eu mesmo já o experimentei muitas vezes, e como conhecedor de causa – posso reafirmar que Deus é quem nos sustém nesses dias cinzentos e amargos.
Penso que tão importante quanto se relacionar com Deus, seja também aprender a respeitar o credo de cada um. Talvez nisso muitos acabem errando e historicamente as guerras em nome de religiões mataram muito mais que a Primeira e Segunda Guerra Mundial. Nisso, rendo-me a Santo Agostinho: “Na essência somos todos iguais, nas diferenças nos respeitamos.” Respeitar o outro: sempre!
Aprendi desde criança com minha mãe que maravilhas nunca faltam no mundo, o que falta é a capacidade de sentir e admirar tudo que está ao nosso redor.
Eu tenho me maravilhado com os Salmos, que tem enchido meus dias antes do raiar do sol com uma alegria que não é passageira. Aliás, quando penso na diferença entre a alegria e felicidade, chego à conclusão que essa última é para os incautos. Prefiro a alegria, que é uma atitude diante da vida (nos momentos bons e ruins) e não deixa der uma forma de afrontá-la.
A cada versículo que leio dos Salmos e que me tocam alma, recordo como Deus me amparou em cada momento, principalmente no “dia mau”. E recordar o que Deus já fez por nós no passado, é ter fé que no nosso presente e futuro – não estaremos desamparados. Viva as tuas consolações Senhor, que dão alento para as nossas almas!
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