Elefante (Loxodonta africana) no Parque Nacional do Kafue, Zâmbia, 2010.
“Quando a terra,
se converte num altar,
a vida se transforma numa reza”.
“Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra” Mia Couto.
No dia
16 de novembro de 2013 fui ao Sesc Belenzinho apreciar a exposição GENESIS do
Sebastião Salgado. Já tinha acompanhado um pouco o seu olhar fotográfico e
estava muito ansioso sobre o que estaria por vir. Em nada me arrependi, apesar
do congestionamento e super lotação do Sesc, pois era pós feriado da
Proclamação da República – nesse dia.
A origem
de qualquer fotografia não é a câmera, ou mesmo a cena vista através do visor –
é a mente do fotógrafo. É lá que a imagem é criada antes de ser registrada em
um cartão de memória ou filme. Nesse aspecto Sebastião Salgado é oconcur,
um verdadeiro gênio, que é capaz de captar no mínimo detalhe de suas
fotos o momento ideal da imagem. Suas fotos são em preto e branco, o que
impacta e embeleza ainda mais sua arte, que dispensa comentários.
Nas
palavras de Lélia Wanick Salgado a curadora da exposição: “Genesis é uma jornada em busca do planeta como existiu, desde sua
formação e em sua evolução, antes que a vida moderna se acelerasse e nos
afastasse do núcleo essencial. É uma busca das paisagens terrestres e aquáticas
até hoje intocadas; uma viagem em direção aos animais e grupos humanos que
conseguiram escapar das transformações impostas pelo mundo contemporâneo. E
Genesis comprova que o nosso planeta ainda abriga vastas e remotas regiões onde
a natureza reina em imaculada e silenciosa majestade [...] É essa beleza
oculta, defendida, protegida que Genesis deseja compartilhar. Fazemos um
tributo a esse nosso frágil planeta que temos o dever de proteger.”
A
exposição é divida em cinco partes, a saber: Planeta Sul, Santuários, África,
Terras do Norte, Amazônia e Pantanal. Mais do que qualquer outra forma de arte,
a natureza da fotografia exige que o observador seja constantemente provocado e
surpreendido com novas imagens e diferentes interpretações. Nessa exposição
através desse olhar fotográfico do Sebastião Salgado, podemos entender um pouco
o que torna uma fotografia incrível.
É um
verdadeiro brinde aos nossos olhos percorrer suas lindas fotografias em preto e
branco, e a cada olhar mais atento, percebemos mais detalhes ocultos, que
passam despercebidos numa rápida olhada. Eis a marca do gênio. Uma exposição
para ver, admirar, parar e pensar.
Quando
Susan Sontag escreveu o ensaio “Sobre
Fotografia” ela disse:
“Colecionar fotografias é colecionar o mundo”.
Sebastião Salgado é isso: um
colecionador de vários mundos...
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Fotografia já é algo que me encanta, em preto e branco então, me fascina! Grande fotógrafo. Pesquisei sobre ele agora na internet. Ótima crônica!
ResponderExcluirBeijos!
Oi Alexandra Collazo, obrigado pelas palavras! Beijos.
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