sábado, 10 de outubro de 2015

CRÔNICAS AVULSAS: PENSO, LOGO FOTÓGRAFO


O pescador de ilusões, Marcelo Caldas.

Sempre gostei de fotos como um hobby. Aliás, o que seria de nós, senão tivéssemos um hobby na vida? Prefiro nem pensar! E foi assim que tomei coragem e criei uma conta no Instagram (marcelo.caldas7) para dividir com o mundo o meu olhar sobre ele. Hoje, passado 1 ano, tenho em minha conta, uma galeria com 548 fotos publicadas, em diferentes momentos e lugares da minha vida.

Penso que vivemos em um mundo demasiadamente pesado em que nos falta beleza. Um mundo que padece bem diante dos nossos olhos, seja pelo próprio meio ambiente que agoniza a cada dia em larga escala, ou a nossa própria humanidade, que está longe de ser aceitável.

Foto é emoção! O que mais me motiva em decidir por uma imagem é a emoção que vem do gesto de fotografar. Impossível ter uma bela imagem se não há emoção envolvida nesse processo. Logo, quero transmitir a mesma emoção que senti enquanto realizava a fotografia, e, se não for a mesma, ao menos alguma emoção – e que isso possa tocar as pessoas de alguma forma. Que elas ao verem minhas fotos, possam olhar quanta beleza existe bem diante dos nossos olhos em nosso cotidiano e que a cada dia passa despercebido por nós.

Bem longe de querer ser espetacular, quero mostrar o extraordinário no nosso cotidiano. Por isso, reflito que em meu processo de fotografia, antes de clicar uma foto, projeto ela em minha mente a priori e só depois faço a foto. É como se tivesse um déjà-vu. Ou seja, antes de ter a imagem perfeita bem diante dos meus olhos, projeto ela em minha mente e cálculo a sua possibilidade de acontecer – o que geralmente ocorre. Sinceramente não sei bem ao certo, se essa é a forma correta de fotografar, mas, é como me sinto mais confortável com as fotos que faço.

Uma das lições mais grandiosas que a fotografia pode ensinar a todos: fotógrafos e apreciadores de fotografias é a questão de aprender a ver. E não é um ver, só por ver, mas um ver mais apurado, demorado, silencioso, reflexivo e atencioso com o que se passa ao nosso redor. É uma capacidade de enxergar a natureza sensacional do comum, que se revela a todos nós. Portanto: calibrar o olhar, além de pensar sobre a fotografia antes – são requisitos fundamentais, e um exercício constante e perene.

Enfim, um oitavo pecado capital nos rodeia: termos olhos e não apreciarmos o belo.

Tento mostrar aquilo que é revelado no que se esconde o que passa despercebido, o que é quase invisível. E ao extrair essa beleza desses momentos, divido com todos na nessa rede social mundial, para os amantes de fotografia. Longe, de querer ter milhões de seguidores, almejo tocar uns poucos, através das minhas fotos, e isso é mais satisfatório do que a quantidade de likes ou de seguidores para mim.  

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